{"id":1624,"date":"2024-04-16T00:18:53","date_gmt":"2024-04-16T00:18:53","guid":{"rendered":"https:\/\/agentex.com.br\/2024\/04\/16\/professores-universitarios-estao-mobilizados-no-rio-para-definir-greve\/"},"modified":"2024-04-16T00:18:53","modified_gmt":"2024-04-16T00:18:53","slug":"professores-universitarios-estao-mobilizados-no-rio-para-definir-greve","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/agentex.com.br\/2024\/04\/16\/professores-universitarios-estao-mobilizados-no-rio-para-definir-greve\/","title":{"rendered":"Professores universit\u00e1rios est\u00e3o mobilizados no Rio para definir greve"},"content":{"rendered":"<\/p>\n
No Rio de Janeiro, professores do Centro Federal de Educa\u00e7\u00e3o Tecnol\u00f3gica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ) v\u00e3o aderir \u00e0 greve nacional da categoria a partir do dia 2 de maio. A informa\u00e7\u00e3o \u00e9 do Sindicato Nacional dos Docentes das Institui\u00e7\u00f5es de Ensino Superior (Andes-RJ). Os demais professores de universidades e institutos federais ainda n\u00e3o se juntaram ao movimento nacional, que teve in\u00edcio hoje (15).<\/p>\n Os professores da Universidade Federal Fluminense (UFF) decidiram por uma paralisa\u00e7\u00e3o de 24 horas nesta segunda-feira, para pensar sobre a constru\u00e7\u00e3o da greve. Os da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) permanecem em estado de greve, avaliando o andamento das negocia\u00e7\u00f5es da categoria com o governo federal.<\/p>\n<\/p>\n \u201cEstamos nesse processo de mobiliza\u00e7\u00e3o aqui no Rio de Janeiro nas assembleias, para esclarecimento da categoria. N\u00f3s n\u00e3o estamos no momento de lutar apenas pela recomposi\u00e7\u00e3o salarial. Mas tamb\u00e9m avan\u00e7ar na pauta da recomposi\u00e7\u00e3o or\u00e7ament\u00e1ria das universidades p\u00fablicas e institutos federais. E temos a pauta do revoga\u00e7o, que \u00e9 bem ampla, contestando portarias e resolu\u00e7\u00f5es do governo federal. Principalmente dos governos Temer e Bolsonaro\u201d, explica Cl\u00e1udia Piccinini, vice-presidente do Andes-RJ.<\/p>\n Os n\u00fameros nacionais disponibilizados pelo Andes mostram que profissionais de 17 institui\u00e7\u00f5es de ensino federal iniciaram a greve hoje em todo o pa\u00eds. Outras tr\u00eas j\u00e1 estavam paradas antes disso. H\u00e1 deflagra\u00e7\u00f5es ou indicativos de greve para as pr\u00f3ximas semanas em cinco institui\u00e7\u00f5es. Sete t\u00eam perspectiva de paralisa\u00e7\u00e3o, mas sem data de in\u00edcio, e oito preferiram manter o estado de greve.<\/p>\n \u201cO governo tem se apresentado nas mesas de negocia\u00e7\u00f5es, mas n\u00e3o traz contrapropostas. Diz que n\u00e3o tem como ampliar o or\u00e7amento das institui\u00e7\u00f5es de educa\u00e7\u00e3o. E todas as universidades federais est\u00e3o com valores abaixo da necessidade de manuten\u00e7\u00e3o das despesas. O governo tamb\u00e9m n\u00e3o negocia a pauta salarial como deveria. As entidades modificaram os pedidos iniciais, reduziram a demanda e, mesmo assim, foi mantida a oferta de 0%\u201d, diz Cl\u00e1udia.<\/p>\n De acordo com o Andes nacional, o governo apresentou reajuste apenas no aux\u00edlio alimenta\u00e7\u00e3o, de R$ 658 para R$ 1.000; no valor da assist\u00eancia pr\u00e9-escolar, de R$ 321 para R$ 484,90, al\u00e9m de 51% a mais no valor atual da sa\u00fade suplementar. Na pauta nacional unificada, os docentes pedem reajuste de 22,71%, em tr\u00eas parcelas de 7,06%, a serem pagas em 2024, 2025 e 2026.<\/p>\n Durante a manh\u00e3, professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apresentaram ao assessor especial do presidente Lula, Celso Amorim, a campanha Eu Amo a UFRJ, que dizem ser uma \u00faltima tentativa de reivindica\u00e7\u00e3o junto ao governo para evitar a greve na institui\u00e7\u00e3o. O ex-ministro de Rela\u00e7\u00f5es Exteriores participava de uma aula magna na universidade. Um outro ato est\u00e1 previsto para a pr\u00f3xima sexta-feira, na escadaria do Pal\u00e1cio do Minist\u00e9rio da Fazenda, no centro da cidade.<\/p>\n A Associa\u00e7\u00e3o de Docentes (ADUFRJ) chama a aten\u00e7\u00e3o para problemas de infraestrutura causados pelos cortes de verbas desde 2015. Diz que a reitoria n\u00e3o tem como pagar fornecedores, terceirizados e prestadores de servi\u00e7o. As instala\u00e7\u00f5es t\u00eam problemas graves de manuten\u00e7\u00e3o, riscos de queda, perigos el\u00e9tricos e inseguran\u00e7a. E que os alojamentos s\u00e3o insuficientes para a quantidade de estudantes.<\/p>\n A ADUFRJ entende que o momento n\u00e3o \u00e9 de paralisa\u00e7\u00e3o total das atividades e critica a decis\u00e3o tomada pela diretoria nacional do Andes.<\/p>\n \u201cEntendemos que as negocia\u00e7\u00f5es ainda est\u00e3o abertas e n\u00e3o foram esgotados todos os canais. V\u00e1rias universidades do pa\u00eds disseram n\u00e3o para uma greve imediata. Foi muito prematura a decis\u00e3o de come\u00e7ar a greve. Entendemos que quem est\u00e1 desunindo o movimento \u00e9 o sindicato nacional, sem a devida articula\u00e7\u00e3o para ser algo consensual dentro do setor da educa\u00e7\u00e3o. N\u00e3o pode ser um movimento voluntarista de uma parcela de universidades\u201d, diz Mayra Goulart, presidenta da ADUFRJ.<\/p>\n Uma outra preocupa\u00e7\u00e3o da ADUFRJ \u00e9 a de tentar ganhar maior apoio da sociedade para as demandas dos professores. A avalia\u00e7\u00e3o \u00e9 de que a conjuntura atual \u00e9 desfavor\u00e1vel para uma greve, porque os ataques \u00e0 universidade foram intensificados nos \u00faltimos anos.<\/p>\n \u201cExiste esse estigma, fortalecido pela extrema-direita, de que universidades s\u00e3o lugares de pessoas que n\u00e3o trabalham e produzem conte\u00fados ideologicamente enviesados. E a greve pode piorar isso\u201d, diz Mayra. \u201cAo rejeitarmos a greve, decidimos adotar um estado de mobiliza\u00e7\u00e3o, que pressup\u00f5e engajamento mais efetivo dos docentes e dos alunos. E precisamos da universidade aberta para isso ocorrer. Greve, muitas vezes, produz o esvaziamento da universidade. E a gente quer a universidade unida e mobilizada, conversando com a sociedade civil sobre a nossa situa\u00e7\u00e3o\u201d.<\/p>\n Em nota, o Minist\u00e9rio da Educa\u00e7\u00e3o disse que est\u00e1 fazendo “todos os esfor\u00e7os para buscar alternativas de valoriza\u00e7\u00e3o dos servidores da educa\u00e7\u00e3o, atento ao di\u00e1logo franco e respeitoso com as categorias. No ano passado, o governo federal promoveu reajuste de 9% para todos os servidores. Equipes da pasta v\u00eam participando da mesa nacional de negocia\u00e7\u00e3o e das mesas espec\u00edficas de t\u00e9cnicos e docentes institu\u00eddas pelo MGI, e da mesa setorial que trata de condi\u00e7\u00f5es de trabalho”.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" No Rio de Janeiro, professores do Centro Federal de Educa\u00e7\u00e3o Tecnol\u00f3gica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ) v\u00e3o aderir \u00e0 greve nacional da categoria a partir do dia 2 de maio. A informa\u00e7\u00e3o \u00e9 do Sindicato Nacional dos Docentes das Institui\u00e7\u00f5es de Ensino Superior (Andes-RJ). 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\n\t\t\t\t<\/a><\/p>\nNot\u00edcias relacionadas:<\/h3>\n
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Situa\u00e7\u00e3o na UFRJ<\/h2>\n
Alternativas<\/h2>\n