M\u00facio diz que vai atuar para fortalecer a\u00e7\u00f5es do Minist\u00e9rio da Defesa.<\/a><\/li>\n<\/ul>\n\u201cA presen\u00e7a norte-americana tem sido grande historicamente desde o Tratado Interamericano de Assist\u00eancia Rec\u00edproca (TIAR), assinado em 1947, cria\u00e7\u00e3o da OEA [Organiza\u00e7\u00e3o dos Estados Americanos], em 1948, a assinatura do Acordo Militar Brasil-Estados Unidos em 1952 \u2013 denunciado [extinto] em 1977 \u2013, a exist\u00eancia das Comiss\u00f5es de Aquisi\u00e7\u00f5es do Brasil em Washington, e a expans\u00e3o dos mecanismos institucionais regionais liderados pelos EUA na \u00e1rea de defesa como a Confer\u00eancia de Ministros da Defesa das Am\u00e9ricas, criada em 1995, o William J. Perry Center for Hemispheric Studies, criado em 1997, e a pr\u00f3pria Junta Interamericana de Defesa [criada em 1942, antes da OEA].\u201d<\/p>\n
Cen\u00e1rio multipolar<\/h2>\n A predile\u00e7\u00e3o pelos EUA nas coopera\u00e7\u00f5es militares fica mais remissa quando considerado o cen\u00e1rio internacional multipolar atual. \u201cDa\u00ed defronte a um aumento da competi\u00e7\u00e3o entre grandes pot\u00eancias, com crescente influ\u00eancia de China, \u00cdndia e R\u00fassia, um excessivo e assim\u00e9trico v\u00ednculo pode n\u00e3o ser t\u00e3o produtivo quanto buscar diversifica\u00e7\u00e3o de parcerias, caracter\u00edstica tradicional da pol\u00edtica externa brasileira.\u201d<\/p>\n
O estudo foi elaborado com base em registros publicados no Di\u00e1rio Oficial da Uni\u00e3o<\/em>, de informa\u00e7\u00f5es coletadas na Biblioteca da Presid\u00eancia da Rep\u00fablica e da base de dados \u201cConc\u00f3rdia\u201d, acervo de atos internacionais do Brasil mantido pelo Minist\u00e9rio das Rela\u00e7\u00f5es Exteriores. A partir dessas informa\u00e7\u00f5es, a an\u00e1lise contempla mais de uma dezena de indicadores sobre a atua\u00e7\u00e3o internacional do setor de defesa.<\/p>\nSegundo o material apurado, os Estados Unidos s\u00e3o o pa\u00eds em que os militares brasileiros mais fazem cursos de p\u00f3s-gradua\u00e7\u00e3o: 27 estudantes nos tr\u00eas anos observados \u2013 o triplo do Reino Unido que fica em segundo lugar. No per\u00edodo, 134 militares brasileiros frequentaram algum curso nos EUA, e 97 eram oficiais superiores (com patente a partir de major).<\/p>\n
Conselho de Seguran\u00e7a<\/h2>\n A aglutina\u00e7\u00e3o das coopera\u00e7\u00f5es militares nos EUA desfavorece interesses da pol\u00edtica externa do Brasil, assinala a publica\u00e7\u00e3o. \u201cAo concentrar em um \u00fanico parceiro, da forma como verificamos nesse per\u00edodo, perdemos a oportunidade reunir conhecimento sobre pa\u00edses que s\u00e3o importantes no cen\u00e1rio internacional e que est\u00e3o em espa\u00e7os de decis\u00e3o multilaterais, como o Conselho de Seguran\u00e7a da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas\u201d, descreve o economista Pedro Silva Barros, t\u00e9cnico de planejamento e pesquisa do Ipea, em nota publicada pelo instituto. O economista tamb\u00e9m tem forma\u00e7\u00e3o na Escola Superior de Defesa (ligada ao Minist\u00e9rio da Defesa) e escreveu o texto para discuss\u00e3o em parceria com os pesquisadores Paula Macedo Barros e Raphael Camargo Lima<\/p>\n
Publicado no fim de fevereiro, o texto \u201cbusca contribuir para o debate p\u00fablico\u201d, diz Pedro Barros \u00e0 Ag\u00eancia Brasil<\/strong>. At\u00e9 o fim deste semestre, o Poder Executivo dever\u00e1 encaminhar para aprecia\u00e7\u00e3o do Congresso Nacional a nova Pol\u00edtica de Defesa Nacional, a nova Estrat\u00e9gia Nacional de Defesa e o novo Livro Branco de Defesa Nacional \u2013 um documento p\u00fablico sobre moderniza\u00e7\u00e3o das For\u00e7as Armadas, o suporte econ\u00f4mico da defesa nacional, a participa\u00e7\u00e3o em opera\u00e7\u00f5es de paz e ajuda humanit\u00e1ria\u00a0 e outras informa\u00e7\u00f5es p\u00fablicas, \u201cque o Brasil apresenta ao mundo, sobre vis\u00e3o e os seus interesses e a sua pol\u00edtica de defesa\u201d, informa Barros.<\/p>\nAp\u00f3s as conclus\u00f5es, o estudo traz 14 recomenda\u00e7\u00f5es pol\u00edticas para a atua\u00e7\u00e3o internacional do setor de defesa, entre as quais a de dar prioridade ao “entorno estrat\u00e9gico brasileiro\u201d, que inclui a Am\u00e9rica do Sul, o Atl\u00e2ntico Sul, os pa\u00edses da costa ocidental africana e a Ant\u00e1rtica; a reativa\u00e7\u00e3o sob novas bases, da Escola Sul-Americana de Defesa\u201d; e \u201cpropor mecanismos de colabora\u00e7\u00e3o em ensino e capacita\u00e7\u00e3o de defesa no \u00e2mbito de outras \u00e1reas estrat\u00e9gicas para o Brasil\u201d, como a Comunidade dos Pa\u00edses de L\u00edngua Portuguesa e pa\u00edses banhados pelo Atl\u00e2ntico Sul.<\/p>\n
*A Ag\u00eancia Brasil<\/strong> entrou em contato com o Minist\u00e9rio da Defesa para se posicionar, mas n\u00e3o obteve resposta at\u00e9 a publica\u00e7\u00e3o do texto.<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"\u201cOs Estados Unidos figuram como o principal destino dos postos e miss\u00f5es militares brasileiras no exterior\u201d, diz estudo do Instituto de Pesquisa Econ\u00f4mica Aplicada (Ipea). Segundo a an\u00e1lise do Ipea, relativa ao per\u00edodo de 2020 a 2023, “a alta recorr\u00eancia de capacita\u00e7\u00f5es e de coopera\u00e7\u00f5es militares nos Estados Unidos (EUA) aponta para um desalinhamento entre […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":1343,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[175,444,443,442,440,5,441],"tags":[],"class_list":["post-1342","post","type-post","status-publish","format-standard","has-post-thumbnail","hentry","category-brasil","category-cooperacao-militar","category-estados-unidos","category-estrategia-nacional-de-defesa","category-ipea","category-politica","category-politica-nacional-de-defesa"],"yoast_head":"\n
Ipea aponta alinhamento entre Brasil e EUA em coopera\u00e7\u00f5es militares - Agente X Ag\u00eancia de Not\u00edcias<\/title>\n \n \n \n \n \n \n \n \n \n \n \n \n \n\t \n\t \n\t \n