Essas são perguntas que o podcast inédito Dizem as Fontes, de educação midiática, busca responder. O primeiro episódio está disponível nesta sexta-feira (31) no site da Radioagência Nacional e no perfil do veículo no Spotify. Podcasts são programas gravados em áudio e disponibilizados online.
Parceria entre as agências públicas de notícias Agência Brasil e a Radioagência Nacional,o podcast é fruto do mestrado profissional da jornalista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) Mariana Tokarnia, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 2024. A produção está dividida em seis capítulos de cerca de 20 minutos cada, que serão divulgados às sextas-feiras.
Mariana Tokarnia, idealizadora do podcast – Tânia Rêgo/Agência Brasil
Segundo Mariana, o objetivo é discutir a relevância e a prática diária do jornalismo, em conversas com profissionais de diferentes veículos e perfis, como Antônio Gois, de O Globo, Mara Régia, da Rádio Nacional da Amazônia, Fernanda Lima, do Voz de Guadalupe, Ariene Susui, da rede de comunicadores indígenas de Roraima Wakywai, além de Bruno Fonseca, da Agência Pública.
“Existe um desconhecimento muito grande sobre o dia a dia da profissão; sobre como é definida uma pauta, como é feita uma apuração e a reportagem. A gente observa isso nas conversas com amigos, com familiares”, disse Mariana, fundadora e diretora da Associação de Jornalistas de Educação(Jeduca) e Jornalista Amiga da Criança pela Andi-Comunicação e Direitos. “Então, em meio a tantas notícias falsas e ao excesso de informação, é importante esclarecer como trabalhamos.”
No primeiro episódio, o podcast explica o cenário da desinformação no Brasil, das notícias falsas, das deepfakes – técnica que usa inteligência artificial para alterar sons, imagens e discursos – e a função da educação midiática, que permite, entre outra coisas, desenvolver uma postura capaz de distinguir uma informação verdadeira de outros conteúdos com vieses e manipulados ou com a intenção de confundir e enganar.
“A educação é um caminho muito potente para compreendermos e questionarmos o mundo à nossa volta. Então, quando a gente coloca a mídia para ser discutida de forma crítica, abrem-se caminhos para educar pelo jornalismo e tornar o jornalismo mais transparente”, afirma MarianaTokarnia. “A partir daí, é mais fácil confiar no jornalismo como instrumento de educação e na educação como forma de contribuir para o jornalismo.”
Com a série, a Agência Brasil e a Radioagência pretendem contribuir para melhor compreensão
do jornalismo na sociedade e fortalecer a sua credibilidade. “Esse podcast desmistifica a profissão”, ressalta a jornalista Beatriz Arcoverde, que coordenou o trabalho.
“Nós, jornalistas, não somos os donos da verdade. Para que os jornalistas apresentem uma reportagem, eles dedicam horas a uma cadeia de tarefas, como apurar dados, confirmar informações e ouvir fontes especializadas, por exemplo”. Outro papel importante é o da edição, de corrigir e tornar a informação mais clara ao público.
Segundo Beatriz, mais um destaque da série é mostrar que o jornalismo pode ser feito de várias formas, por diferentes veículos, como o jornalismo comunitário e o próprio jornalismo público, orientados pela pelo interesse público e não pelo lucro.
O nome do podcast, Dizem as Fontes, foi inspirado em um jargão jornalístico, usado quando profissionais precisam proteger a origem das informações.
Outros podcasts jornalísticos da Radiogência Nacional, como Ciência: mulheres negras dão o tom e Grandes Invisíveis, podem ser baixados neste site ou nos tocadores de áudio que habitualmente usados. Todo conteúdo é distribuído gratuitamente.
Estudantes de todos os cantos do país estão reunidos na cidade de Recife para participar da 14ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE). O evento, aberto ontem (29), vai até o próximo domingo (2), incluindo shows, debates, mostras de artes visuais, artes do corpo, fotografia, audiovisual, literatura, performances artísticas e também uma mostra científica.
A organização do evento, estima que mais de 10 mil participantes estarão na capital pernambucana debatendo sobre os rumos da arte no país.
Este ano, o tema da bienal é A rua é o nosso palco principal e presta homenagem ao fotógrafo Evandro Teixeira, morto em novembro do ano passado. Teixeira tornou-se reconhecido por retratar a ditadura militar e mobilizações populares.
“Vamos celebrar e venha para a rua, caia na maior festividade de uma grande encontro da juventude brasileira. A Bienal reúne arte, cultura, educação, ativismo, política, ciência e tecnologia com milhares de estudantes, do ensino médio à pós-graduação, de todas as regiões do país”, diz o site da bienal.
As atividades estão sendo realizadas no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. Na tarde desta quinta-feira (30), a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, participa de um debate sobre anistia política. Ao lado da ministra estarão familiares dos estudantes Honestino Guimarães e Elenira Rezende, assassinados pela ditadura militar.
Mais tarde, no Cais da Alfândega, no Bairro do Recife, haverá um show do MC Troinha.
Amanhã (31), o debate será sobre reforma universitária e terá participação dos ministros da Educação, Camilo Santana, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e o prefeito do Recife, João Campos.
À noite, também no Cais da Alfândega, haverá shows da banda Academia da Berlinda, que se apresenta a partir das 21h, e da cantora Duda Beat, que fecha a programação.
Além dos debates sobre educação, meio ambiente e política, existe uma Mostra Musical realizada no Cais da Alfândega, no Bairro do Recife, e na Praça do Carmo, em Olinda.
No sábado (1º), as atrações musicais serão na Praça do Carmo, em Olinda, começando com a Nação Zumbi, a partir das 21h. No domingo (2), fechando a Bienal, um cortejo celebra os 93 anos do Homem da Meia Noite, no Marco Zero do Recife.
Além dos debates sobre educação, meio ambiente e política, existe uma mostra musical está sendo realizada no Cais da Alfândega, no bairro do Recife, e na Praça do Carmo, em Olinda. A programação completa, com os trabalhos dos estudantes que serão apresentados, está disponível no site da Bienal.
O Ministério da Educação (MEC) prorrogou para o dia 3 de fevereiro o período de matrículas ou registro acadêmico nas instituições públicas de ensino superior pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2025. A data divulgada anteriormente para término das inscrições era dia 31 de janeiro.
Nesta segunda-feira (27), com um dia de atraso, o MEC divulgou no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, na parte do Sisu o resultado dos selecionados para a primeira chamada regular do Sisu 2025. Inicialmente, conforme o edital do processo seletivo de 2025, o resultado estava previsto para ser liberado no domingo (26).
O Ministério da Educação ainda não divulgou as novas datas das próximas etapas do processo de seleção. Entre elas, o novo período de manifestação de interesse na lista de espera por uma vaga pelo candidato que não for selecionado na chamada regular; e a nova data de convocação dos selecionados pela lista de espera.
A lista de espera poderá ser usada pelas instituições de educação superior participantes, durante todo o ano, para preenchimento das vagas eventualmente não ocupadas na chamada regular.
A retificação do edital poderá ser publicada em edição extra no Diário Oficial da União, nesta terça-feira (28).
Nesta primeira edição do ano, o programa gerido pelo MEC ofertou 261.779 vagas para 6.851 cursos de graduação, em 124 instituições públicas de ensino superior do país.
Sisu
Desde 2010, o Sisu reúne as vagas ofertadas por instituições públicas de ensino superior de todo o Brasil, que participam do processo seletivo vigente.
A maioria das instituições participantes são da rede federal de ensino superior, com destaque para universidades e institutos federais.
O programa do governo federal tem o objetivo de democratizar o acesso às instituições públicas de ensino superior no país.
A seleção dos estudantes é feita com base na média das notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano anterior, respeitando o limite de vagas disponíveis para cada curso e modalidade de concorrência.
Para saber mais a respeito do sistema, o estudante pode entrar em contato com a instituição. Para outras dúvidas, o telefone de atendimento do MEC: 0800 61 61 61.
As inscrições para a primeira edição de 2025 do Programa Universidade para Todos (Prouni) terminam às 23h59 desta terça-feira (28) para todos os que realizaram o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) em 2023 e 2024. O programa do Ministério da Educação (MEC) oferece bolsas integrais ou parciais sobre o valor da mensalidade de cursos em instituições privadas de educação superior.
Nesta edição, o programa oferece 338.444 bolsas, sendo 203.539 bolsas integrais e 134.905, parciais, em 403 cursos de 1.031 instituições privadas de todo o país. Os cursos com mais ofertas de bolsas são administração (27.101); pedagogia (22.947); direito (22.746); ciências contábeis (14.800); e educação física (13.639).
As inscrições são gratuitas e devem ser feitas exclusivamente pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior do Prouni. Os interessados devem usar a conta no portal de serviços digitais do governo federal, o Gov.br, e realizar o login com o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e a senha.
O segundo passo é preencher os dados do candidato, o perfil socioeconômico e o grupo familiar que concorrerá à bolsa.
Em seguida, o candidato deve selecionar a primeira e a segunda opção de cursos pretendidos. Para isso, é possível filtrar as vagas por curso, instituição e município. Por fim, ao clicar na ficha de inscrição, o estudante deve conferir todas as informações.
No momento da inscrição, o candidato deverá optar por concorrer às bolsas destinadas à ampla concorrência ou àquelas destinadas à implementação de políticas afirmativas referentes às pessoas com deficiência (PCD) ou autodeclaradas pardas, pretas ou indígenas.
O Ministério da Educação (MEC) publicou em seu site um vídeo com o passo a passo para realizar a inscrição.
Condições
Para se inscrever nesta primeira edição do ano do Prouni, é necessário que o estudante tenha o ensino médio completo; tenha participado de edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024 e/ou de 2023; tenha obtido, no mínimo, 450 pontos na média das cinco provas do exame; e não tenha zerado a prova da redação do Enem.
Os candidatos também precisam atender a pelo menos uma das seguintes condições:
· ter cursado o ensino médio integralmente em escola da rede pública ou em instituição privada, na condição de bolsista integral, de bolsista parcial da respectiva instituição ou sem a condição de bolsista;
· ter cursado o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição privada, na condição de bolsista integral ou parcial, nesta respectiva instituição;
· ser uma pessoa com deficiência (PCD), conforme previsto na legislação brasileira;
· ser professor da rede pública de ensino, exclusivamente para os cursos de licenciatura e pedagogia, destinados à formação do magistério da educação básica.
No caso da escolha das bolsas integrais, é necessário que a renda familiar bruta mensal por pessoa não exceda o valor de 1,5 salário mínimo. Já para escolher bolsas parciais, é preciso que a renda familiar bruta mensal por pessoa não exceda o valor de três salários mínimos. Em 2025, o salário mínimo vale R$1.518.
Os requisitos de renda não se aplicam aos professores da rede pública que vão concorrer às vagas de licenciatura e pedagogia.
Classificação
A classificação e eventual pré-seleção neste processo seletivo irá considerar a edição do Enem em que o estudante conquistou a melhor média.
A classificação ainda observará a modalidade de concorrência escolhida na inscrição pelo candidato, por curso, turno, local de oferta e instituição.
Em cada modalidade, será obedecida a ordem decrescente das notas e deverá ser priorizada a seguinte ordem:
· professor da rede pública de ensino, exclusivamente para os cursos de licenciatura e pedagogia destinados à formação do magistério da educação básica, se houver inscritos nessa situação;
· estudante que tenha cursado o ensino médio integralmente em escola da rede pública;
· estudante que tenha cursado o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição privada na condição de bolsista integral da respectiva instituição;
· estudante que tenha cursado o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição privada na condição de bolsista parcial da respectiva instituição ou sem a condição de bolsista;
· estudante que tenha cursado o ensino médio integralmente em instituição privada na condição de bolsista integral da respectiva instituição;
· estudante que tenha cursado o ensino médio integralmente em instituição privada na condição de bolsista parcial da respectiva instituição ou sem a condição de bolsista.
Resultado
O resultado da 1ª chamada está previsto para 4 de fevereiro e a comprovação das informações deve ser realizada até 17 de fevereiro.
Após ser pré-selecionado, o candidato deve apresentar de forma presencial ou virtual, à instituição, os documentos que comprovem o que foi informado na ficha de inscrição. Entre eles estão o documento de identificação e dos membros do grupo familiar, os comprovantes de residência; de ensino médio; de rendimentos; de professor da educação básica, quando for o caso; de separação, divórcio ou óbito dos pais; e de deficiência, quando for o caso.
Após as duas divulgações, o candidato não contemplado pode participar da lista de espera do Prouni. A inscrição deverá ser feita também no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior em 26 e 27 de março.
Em 1º de abril, o resultado da lista de espera ficará disponível no mesmo site para consulta pelas instituições de ensino superior e pelos candidatos.
O candidato pré-selecionado na primeira chamada deverá entregar entre 4 a 17 de fevereiro a documentação na instituição de ensino superior para a qual foi pré-selecionado, para comprovar as informações prestadas no momento da inscrição.
Prouni
Desde 2004, o Programa Universidade para Todos (Prouni) oferta bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica em instituições de educação superior privadas.
O Prouni ocorre duas vezes ao ano. O MEC aponta que o público-alvo a ser beneficiado é o estudante sem diploma de nível superior.
Para bolsas integrais, a renda familiar bruta mensal per capita do candidato inscrito não pode exceder o valor de um salário mínimo e meio (R$ 2.277, em valores de 2025). No caso de bolsas parciais, a renda familiar bruta mensal por pessoa exigida é de até três salários mínimos (R$ 4.554, em valores de 2025).
Para mais esclarecimento sobre o programa, o MEC disponibiliza o telefone 0800-616161.