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Paim cobra inclusão do governo federal em plano de Comissão sobre RS

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O presidente da Comissão Externa criada no Senado para acompanhar a situação no Rio Grande do Sul (RS), senador Paulo Paim (PT-RS), cobrou o relator do colegiado, senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), para ampliar a participação do governo federal no plano de trabalho da comissão.

Mourão apresentou o plano de trabalho nesta quinta-feira (9) priorizando o papel do governo do Rio Grande do Sul nos trabalhos da comissão. Segundo defendeu o relator, a Comissão deve trabalhar em “perfeito alinhamento com o plano de reconstrução do Rio Grande do Sul, elaborado pelo Executivo gaúcho”.

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“Esse plano é distribuído a todos os senadores, a comissão pautará suas ações alinhadas com a perspectiva de enfrentamento dos desafios de reconstrução, considerando os quatro pilares da ação governamental a seguir referenciados. Então são os pilares eleitos pelo governo do estado do Rio Grande do Sul. O pilar financeiro, fiscal, de enfrentamento ao excesso de burocracia e o pilar técnico”, completou o senador gaúcho.

O senador Paim, que é governista, avaliou que Mourão, que é da oposição, não destacou suficientemente o papel do governo federal no plano de trabalho. “O plano básico, no meu entendimento, vamos aprovar. Eu só peço que a gente inclua um pouco mais a participação da União”, afirmou.

Mourão concordou em incluir um anexo a mais no plano para, segundo o relator, detalhar tudo o que o governo federal já fez. Para Paim, o novo anexo deve conter, além do que a União fez, também o que o governo federal gostaria que a Comissão realizasse. O plano de trabalho foi aprovado por unanimidade.

“O governo do Estado tem uma responsabilidade que está lá na ponta. Agora o governo federal tem uma enorme responsabilidade até que é daqui que sai as verbas para reconstrução do Rio Grande do Sul”, destacou Paim, acrescentando a necessidade da Comissão “passar com muita clareza para a sociedade brasileira que nós estamos todos juntos. Aqui não tem esse ou aquele partido”.

Três fases

O plano de trabalho da Comissão Externa aprovado prevê três fases. Uma emergencial, estimada para durar 15 dias, com destaque para assistência social, primeiros socorros e suporte às vítimas, além de ações de canalização de recursos, apoio à subsistência, à imunização e saúde e à recuperação emergencial de estruturas.

A segunda fase será de reconstrução, estimada para durar seis meses. Nessa fase, serão propostas medidas para reconstrução das estruturas e serviços do Estado. Por último, será a fase de “resiliência climática”, prevista para durar de três a cinco anos. Nessa fase, serão propostas medidas de “preparação de estruturas de apoio às atividades econômicas prioritárias e readequação dos recursos humanos”.

Os senadores ainda aprovaram um ciclo de debates sobre mudanças climáticas e seus efeitos sobre o Rio Grande do Sul. Além disso, combinaram de fazer uma força-tarefa para recolher recursos das emendas parlamentares, individuais ou de bancadas, para destinar à reconstrução do estado gaúcho. Os parlamentares ainda articularam uma visita ao RS nos próximos dias e prometeram apresentar medidas legislativas para ajudar na superação da crise.

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Alíquota

RS: Senado aprova isenção de IPI para eletrodomésticos e móveis

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Móveis e eletrodomésticos da chamada linha branca poderão ter isenção do Imposto Sobre Produto Industrializados (IPI) para residentes de áreas atingidas por desastres naturais ou eventos climáticos extremos, como as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul.

A isenção está prevista no Projeto de Lei (PL) 4731/2023, aprovado pelo Senado nesta quarta-feira (17). O projeto segue para a sanção presidencial, mas há um acordo para que o governo vete parte do texto e restrinja a isenção do imposto apenas ao Rio Grande do Sul.

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De autoria das deputadas Maria do Rosário (PT-RS) e Gleisi Hoffmann (PT-PR), o projeto já havia sido aprovado pela Câmara. O texto foi apresentado em 2023, antes das enchentes do Rio Grande do Sul, mas o principal motivo para a aprovação foi a ajuda aos atingidos pelo desastre.

No Senado, o projeto foi aprovado com relatório favorável do senador Paulo Paim (PT-RS), que propôs emenda de redação e rejeitou alterações de mérito, para que o texto não tivesse que retornar à Câmara.

Serão contemplados com a redução do IPI: fogões de cozinha, refrigeradores, máquinas de lavar roupa, tanquinhos, cadeiras, sofás, mesas e armários, contanto que fabricados em território nacional. De acordo com o relatório, a alíquota do tanquinho por exemplo é 13%; e refrigeradores de uso doméstico, 9,75%.

A alíquota zero vale para pessoas físicas e microempreendedores individuais (MEIs) residentes ou com domicílio fiscal em municípios cuja calamidade pública ou situação de emergência tenham sido reconhecidos pelo Executivo federal. Para obter a concessão do benefício, o interessado deverá comprovar que residia ou tinha domicílio fiscal na localidade do desastre e que a edificação foi diretamente atingida.

O texto limita o uso da isenção a uma única vez por um membro de cada uma das famílias atingidas e para um produto, segundo regulamento da Receita Federal.

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